sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Aprendizagem e tecnologias móveis


Em uma pesquisa divulgada em 2018 pela Fundação Getúlio Vargas, no Brasil existem 220 milhões de celulares em funcionamento no país contra 207,6 milhões de habitantes, de acordo com os dados mais recentes do IBGE.

Neste contexto, é esperado que os dispositivos móveis surjam no cotidiano das salas de aula. E, é possível utilizá-los como potencializadores do processo de ensino e aprendizagem pois a escola precisa caminhar com a cultura digital. 

Então, para utilizar o potencial das tecnologias móveis no contexto educativo, se faz necessário assumir  mudanças pedagógicas que se distanciem do tradicional falar-ditar do professor. 

Por isso, também é importante investir na formação do docentes para que os mesmos se apropriem desta tecnologia e produzam, apoiados nesta nova ecologia, novas mediações. 

Muitas são as queixas que o celular rouba a atenção do aluno na aula. O professor precisa se apropriar pedagogicamente desta tecnologia, entender suas potencialidades, suas limitações, seus imbricamentos, seu uso nocivo. 

O smartphone, o tablet, o whatsapp, entre outros podem compor a rede sociotécnica juntamente com o professor, aluno, sala de aula, computador, livro, e a partir dos agenciamentos performados construir uma nova política cognitiva na sala de aula que possibilite um novo modo de ensinar e de aprender: ubíqua, mais interativa, mais cooperativa, mais desterritorializada, mais autônoma. 

domingo, 11 de novembro de 2018

Educação aberta, flexível e em rede

A rede é o espaço para as interações, a partilha de conteúdos e informações e devido a essa diversidade se constitui como meio para o acesso à educação e aos contextos de aprendizagem.

Apoiando-se na web, a rede promove a desterritorialização, não se limitando a barreiras geográficas e, deste modo, se constitui como meio para promover a educação aberta numa perspetiva de desenvolvimento pessoal e ao longo da vida, fomentando o aprender a aprender, acompanhando a velocidade das mudanças nesta sociedade tecnológica e informacional. 

A Educação Aberta colaborativa em rede tem sido considerada uma filosofia educacional importante para enriquecer a aprendizagem ao longo da vida e tem proporcionado a oportunidade de construir conhecimento através das redes sociais, a partir da autonomia, a coautoria e a socialização. Mas, para que isso se efetive torna-se necessário que a implicação e a participação de todos os membros da rede (os humanos e os não-humanos)


Para isto, não basta apenas integrar a rede e acessar a e-informação num sistema aberto.  Não, a educação aberta e colaborativa em rede requer que todos os atores que formam a rede, estejam interagindo, trocando, se agenciando, produzindo. E desse modo, a educação estará produzindo novas ambiências, novas ecologias cognitivas, novas formas de aprender e de ensinar.

domingo, 21 de outubro de 2018

Portfólio Digital: ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO ABERTA E DIGITAL

Este blog é um espaço que surgiu como objeto de pesquisa do meu mestrado (2011) e venho desde então usando esse espaço para criar uma ambiência de troca de conhecimento, de interatividade, de pesquisa, de aproximação com alunos, ex-alunos e qualquer outra pessoa interessada nos temas que discuto aqui.


Agora, nesse espaço também criarei o meu portfólio digital dentro da especialização em tecnologias e educação aberta e digital, e assim, vamos seguindo criando espaços híbridos e dinâmicos que possibilitem conversação, troca, compartilhamento e aprendizado.






Sessão científica sobre Comunicação com paciente surdo em situações de emergência. Bota na agenda!!


domingo, 12 de agosto de 2018

Mais uma sessão aberta da LAEPS: é so aparecer!!!


Novidades no manejo da sepse: atualização 2018

Nossa, fiquei sumida por 04 meses...desculpem, mas após defender o doutorado minha vida ficou ainda mais corrida.

Mas estamos hoje retornando com as atividades normais do blog, postando eventos, compartilhando conhecimento, discutindo saúde. Hoje vamos falar sobre atualização sobre a sepse.

A Campanha de Sobrevivência à Sepse ou Surviving Sepsis Campaign(SSC) foi criada em 2002 com o objetivo inicial de reduzir a mortalidade da sepse em 25%. A publicação de suas diretrizes tem servido como guia para o manejo dos pacientes com sepse/choque séptico em todo o mundo e um novo “guideline” é geralmente publicado a cada quatro anos, sendo a última publicação em 2016 (já publicado aqui)

Frente ao achado de novas evidências e da evolução rápida do conhecimento na área, novas atualizações acontecem visando o melhor manejo dos pacientes.


Diante disto, recentemente foi proposta uma atualização. A mudança mais importante é que os “pacotes de 03 e 06 horas” foram combinados em um único “pacote de 01 hora” com o objetivo principal de iniciar a ressuscitação de forma imediata.
 

O racional está no fato de que sepse é uma emergência médica e, assim como no infarto agudo do miocárdio e acidente vascular isquêmico, a identificação precoce, o manejo imediato e de forma correta nas primeiras horas de sua identificação levariam a melhores desfechos clínicos.
O “tempo zero” é definido como:

- Hora da suspeita de sepse na triagem na sala de emergência ou
- Hora do primeiro registro gráfico de prontuário de disfunção orgânica no caso de pacientes encaminhados de outros locais de atendimento.

Pacote de 01 hora:

1.       Coletar o lactato. Nova coleta se o inicial for ≥ 2 mmol/l.

O lactato é um dos marcadores de hipoperfusão tecidual e caso o exame inicial estiver elevado (> 2 mmol /L), um novo deverá ser coletado no intervalo de duas a quatro horas, tendo como meta a sua normalização. 

2.       Coletar culturas antes do início do antibiótico.

A sensibilidade das culturas pode ser reduzida após poucos minutos da primeira dose do antimicrobiano, desta forma, idealmente, elas devem ser coletadas antes do início destes. Apesar desta evidência, sabe-se que administração de antibioticoterapia adequada não deve ser retardada para a obtenção das hemoculturas! Deve-se coletar pelo menos dois pares de hemoculturas (aeróbico e anaeróbico).

3.       Administrar antibióticos de largo espectro.

Terapia empírica de amplo espectro com um ou mais antimicrobianos intravenosos objetivando cobrir todos os patógenos prováveis deve ser iniciada imediatamente. Os antibióticos devem ser descalonados conforme o resultado de culturas e suspensos caso a possibilidade de infecção seja descartada.

4.       Iniciar rapidamente a administração de 30 ml/kg de cristaloides se hipoperfusão ou lactato 4 mmol/l.

A ressuscitação com pelo menos 30ml/kg de cristaloides intravenosos deve ser iniciada de forma precoce e é crucial para o manejo da hipoperfusão tecidual induzida pela sepse e do choque séptico. A expansão volêmica deve começar imediatamente após o reconhecimento da sepse e/ou hipotensão e hiperlactatemia, e concluída em até três horas do reconhecimento. A falta de evidências que comprovem a superioridade dos coloides em comparação aos cristaloides e o custo mais elevado da albumina fazem com que os cristaloides sejam os fluidos de escolha no manejo inicial. Expansões volêmicas adicionais deverão ser realizadas de forma criteriosa e apenas em pacientes fluido responsivos.

5.       Iniciar vasopressores caso o paciente se mantenha hipotenso durante ou após a expansão volêmica. Meta de pressão arterial média (PAM) ≥ 65 mmHg.

Restaurar a pressão de perfusão de órgãos vitais de forma adequada é parte fundamental da ressuscitação e não deve ser adiada. Caso a pressão arterial não for restaurada após a ressuscitação volêmica inicial, os vasopressores deverão ser iniciados ainda na primeira hora com meta de PAM ≥ 65 mmHg. 

Possivelmente haverá necessidade de mais de uma hora para que a reanimação dos pacientes com sepse/choque séptico seja concluída, mas o início da reanimação e tratamento devem ser iniciados imediatamente e o paciente deverá ser reavaliado frequentemente nas horas subsequentes.
Fonte: http://www.pacientegrave.com/

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Mais um poema para refletirmos sobre o estar internado e a espera da cura

Viagem ao centro da cura

Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Checa o monitor
O senhor tem alergia a quê?
Quem é o cirurgião?
Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Confere o manguito
A sala já está pronta?
Quanto o senhor pesa?
Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Já tem operacional pra levar?
O senhor vai fazer qual procedimento?
De quanto tempo o jejum?
Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Vamos fazer o check list
O anestesista já chegou?
Quanto de dor já suportou?
Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Precisa de sangue, doutor?
O senhor tem alergia a quê?
Aqui só se pensar em viver
Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Confere o prontuário
Qual é mesmo o procedimento?
Senhor, segurança pra todos no momento
Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Posiciona o paciente
Só vai tirar um soninho pra relaxar
Pegou o acesso, monitora a PA
Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Tá vendo? Já acabou
Volta pro CRPA
Espera teu corpo voltar.
Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Liga pra o andar
E só leva quando a enfermeira chegar
Prontuário, receita e atestado pra levar
Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Tira o eletrodos
O senhor já vai voltar
Não esqueça de beber água e urinar
Tain, tin, tin, tain
Tain, tin, tin, tain
Pode levar, operacional
O senhor descanse e bom jantar
Em casa é lugar de melhorar.
Décio Plácido 

Atualizações AHA 2017 SBV/RCP


terça-feira, 3 de abril de 2018

Simpósio Sul-Brasileiro de Enfermagem



A data limite para submissão à Comissão Científica do Simpósio Sul-Brasileiro de Enfermagem é dia 15 de agosto de 2018 (a data não será prorrogada).

Brasileira lança aplicativo para alfabetização de crianças com autismo

Familiares e educadores que lidam com autistas recebem uma boa notícia neste 2 de abril, data em que se celebra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Eles agora podem contar com um pequeno ajudante na estimulação da linguagem e alfabetização das crianças portadoras do transtorno do espectro autista (TEA), o Brainy Mouse (Rato Inteligente ou Rato Atrevido)
Trata-se de um aplicativo para celulares e tablets(disponível para android e iOS), em formato de jogo, que de forma lúdica auxilia os pequenos neste processo de aprendizagem.
A brasileira Ana Sarrizo, presidente da Brainy Mouse Foundation, criou o aplicativo após 4 anos de pesquisa. Os resultados em grupos testes com crianças de Belo Horizonte e São Paulo têm sido muito satisfatórios. No mês passado, foi lançada uma versão em inglês e, agora, disponibilizam a versão em português.
O objetivo do jogo é trabalhar o desenvolvimento da linguagem porque este é justamente um dos maiores desafios para a educação dos autistas, no mundo inteiro. O jeito como pensam, assimilam e compreendem o mundo a sua volta é peculiar de tal forma que muitas vezes nem mesmo os familiares ou os educadores estão preparados para lidar.
“Imagine as dificuldades que já enfrenta um adulto autista, em um mundo que não está preparado para lidar com suas diferenças. Agora imagine um adulto autista e que ainda por cima não sabe ler e escrever”, explica a criadora do aplicativo Ana Sarrizo.
Estima-se que 3 milhões de brasileiros são autistas. Este dado é um reflexo do estudo divulgado pelo Center of Control and Prevetion, órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, que aponta a incidência de 1 a cada 68 crianças. Além dos desafios da doença, o maior entrave ainda é o preconceito. Vem dar uma olhada na interface do jogo e se encante:


Como funciona
O game trabalha a leitura da esquerda para direita, formação de palavras usando sílabas, interação com cores, sons e outros “dispositivos cognitivos”, que ajudam o usuário a trabalhar seu desenvolvimento de forma lúdica. De forma bem interativa, a criança pode customizar seu ratinho, além de ser desafiada a conseguir “cheesecoin”, uma espécie de moeda virtual.
Uma das principais apostas do game é o dispositivo chamado “Rato Amigo”, que tem como objetivo trabalhar, de forma inconsciente, a atitude de pedir ajuda ao próximo, e assim estimular essa ação no dia a dia.
Como tudo começou
Em 2013, a pesquisadora Ana Sarrizo pensava apenas em contribuir com os portadores de TEA de Belo Horizonte, sua cidade natal. O resultado do projeto foi tão bem sucedido que um professor de Ana a aconselhou inscrever no prêmio Santander, do qual foi vencedor entre 17mil propostas voltadas para a educação. Com a premiação de R$ 100 mil e uma bolsa no curso de empreendedorismo da Babson College, uma das mais importantes do mundo, decidiu criar a Brainy Mouse Foudation, nos Estados Unidos, ficando mais próxima das mais importantes pesquisas sobre autismo.
O objetivo da Fundação é ajudar instituições do mundo inteiro, familiares e educadores, que já trabalham com crianças e adultos com TEA, produzindo games e ferramentas que vão auxiliá-los no seu progresso dia a dia. Para saber mais, basta clicar aqui.