domingo, 5 de julho de 2015

Depressão em agentes de saúde


 Foto: secretaria municipal de saúde de maceió

 
O artigo “Violence at work and depressive symptoms in primary health care teams: a cross-sectional study in Brazil”, publicado em março pela revista Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, revelou que 52% dos 2.940 agentes envolvidos na Estratégia de Saúde da Família do município de São Paulo analisados pela pesquisa apresentavam quadro depressivo.
 
As formas leves a moderadas afetavam 36,3% desses profissionais e as mais graves acometiam outros 16%. O índice de transtornos depressivos entre os profissionais da saúde primária é praticamente o dobro do da população em geral.
 
A exposição a ambientes hostis é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença. As visitas domiciliares são frequentemente citadas como a situação em que os profissionais sofrem insultos (44,9%), ameaças (24,8%), agressão física (2,3%) ou testemunham episódios de violência (29,5%). A maioria dos entrevistados que apresentava os sintomas de depressão ainda não foi diagnosticada e não recebe os cuidados de saúde adequados. 

A autoridade expressa nos cargos dos agentes de saúde pode ser o motivo para a ocorrência do conflito. Regiões pouco assistidas pelo Estado podem apresentar resistência a figuras que o representem, segundo o texto.
 
De acordo com Paulo Rossi Menezes, um dos colaboradores do artigo e coordenador do projeto “Esgotamento profissional e depressão em profissionais da estratégia saúde da família do município de São Paulo”, um dos objetivos do estudo é conscientizar os gestores dos serviços de saúde sobre a importância de elaborar programas de atenção à saúde mental desses profissionais.

Artigo retirado da Revista Radis (2015)

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