quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Desfibrilação x cardioversão: vamos entender mais!!!


A desfibrilação e a cardioversão são técnicas em que se aplica uma corrente elétrica no paciente, através de um desfibrilador, para reverter uma arritmia cardíaca.

⚡️⚡️DESFIBRILAÇÃO:
Através de uma descarga elétrica contínua NÃO sincronizada, aplicada sobre o tórax, que despolariza todas as fibras musculares do miocárdio, literalmente re-iniciando o coração, permitindo assim ao nódulo sinoatrial retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco, causando a reversão de arritmias graves como TV (taquicardia ventricular) e FV(fibrilação ventricular) durante a RCP.


⚡️⚡️CARDIOVERSÃO ELÉTRICA:
Aplicação do choque elétrico de maneira SINCRONIZADA, nessas situações deseja-se que a descarga elétrica seja liberada na onda R, ou seja, no período refratário. Evitando-se que o choque seja aplicado em um período vulnerável, isto é, durante a onda T, pois isso pode desencadear uma FV.
Arritmias graves, no paciente instável com pulso. Geralmente procedimento eletivo.


SITUAÇÕES ESPECIAIS:
-  INTOXICAÇÃO DIGITÁLICA: A intoxicação digitálica pode se apresentar com qualquer tipo de taquiarritmia ou bradiarritmia. Cardioversão nessa situação é uma contra-indicação relativa, pois o digital deixa o coração sensibilizado ao estimulo elétrico. Antes de se considerar a cardioversão, corrigir todos os distúrbios hidroeletroliticos, pois a cardioversão nessa situação pode degenerar o ritmo para uma FV.
-MARCAPASSO/CDI: pode ser realizada a cardioversão, porém com cuidado. Técnica inadequada pode danificar o gerador, o sistema condutor, ou o músculo cardíaco, levando a disfunção do aparelho. As pás devem ser posicionadas a pelo menos 12cm do gerador, de preferencia na posição antero-posterior. E tentar usar a menor carga elétrica possível.
- GRAVIDEZ: a cardioversão pode ser usada com segurança durante a gravidez. O batimento fetal deve ser monitorado durante todo o procedimento.

FONTE: Emergência Rules 

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