A atenção realizada pelos profissionais de saúde em uma prática clínica centrada apenas na fragmentação e redução do paciente ao seu órgão doente, não tem demonstrado efetividade, sobretudo no que se refere à atenção aos portadores de doenças crônicas (diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, renais, hepáticas, câncer, etc)
Dirigir o olhar apenas para a doença se torna ainda menos eficiente do que em situações nas quais ocorrem formas de adoecimento agudo, pois os mesmos conviverão por longo tempo com a dor, a angústia, a terapia, a incerteza, as hospitalizações...
Para maior efetividade da atenção aos portadores de doenças crônicas, torna-se fundamental que a assistência assuma uma dimensão dialógica, interativa e cuidadora
As noções de sujeito e de intersubjetividade passam a ser centrais quando se pensa uma clínica que avance em uma perspectiva mais dialógica e cuidadora para as pessoas (Ayres, 2001), entendendo o significado de todo o adoecimento, integrando o saber médico com o do paciente, produzindo uma síntese que o inclui como sujeito no processo clínico-terapêutico.
Passei a refletir sobre isso ao assistir o filme " Uma lição de vida" (WIT), nele a protagonista Vivian Bearing é uma professora de literatura inglesa que no auge de sua carreira se descobre com um câncer nos ovários em estágio avançado. Para tentar superar a doença, submete-se a um tratamento experimental com remotas possibilidades de cura.
Durante o tratamento, ela passa a rever aspectos importantes de sua vida ao mesmo tempo em que reflete sobre a forma como está sendo cuidada
O filme retrata a triste trajetória dos pacientes hospitalizados, a perda de identidade e privacidade e a lenta transformação de indivíduo em protocolo de cuidados.
E esta assistência desumanizada, distante, mecânica, despersonalizada contribui para a recuperação do sujeito? Ajuda a enfrentar seu processo de doença? O dignifica mesmo estando momentaneamente dependente do outro?
O profissional, de saúde precisa rever seus conceitos, e valorizar o cuidar com mais humanização.Porque eu fiz enfermagem? qual é o sentido da vida? eu sou importante na recuperação do paciente? Então faça valer apena.
ResponderExcluirHozana Vieira
oi Hozana, vc esta certissima.... cada profissional deve exercer a sua prática sem desconsiderar o sujeito doente, e sua importância no processo de cura
ExcluirBusca-se o conhecimento cientifico e técnico deixando de lado o real valor do ser, da sua totalidade, crenças e de suas perdas ao longo de suas vidas. Essa é uma realidade não muito longe... Será que sabemos o que é o cuidado? O que está acontecendo com o humanismo? Precisamos conhecer mais o outro e revisar sempre nossas atitudes e a essência de nossa profissão.
ResponderExcluirManuelle Oliveira
Partindo do pressuposto de que o sucesso do processo terapêutico não depende apenas do paciente, mas também de nós profissionais, é que defendo o argumento de que os profissionais de saúde, não apenas a enfermagem, mas a equipe médica deve estar interligada no propósito de interação, diálogo e no processo do cuidar do paciente, bem como atentar para o seu estado psicológico e grau de entendimento de sua patologia. Visando garantir esse sucesso é que devemos nos empenhar para não sermos mais um enfermeiro que operacionaliza e executa as técnicas de maneira mecânica, sem olhar para o paciente de uma forma holística, vendo-o como um ser individualista, o que devemos fazer é cuidar sempre se colocando no lugar do outro, não separar o doente de sua patologia pois isso só dificultará o seu processo de recuperação. Glêidissan Araújo
ResponderExcluirOi Gêu, o que você entende por esse olhar holístico???
ExcluirBom tarde pró, olhar de forma holística em minha concepção, é não olhar apenas para a doença e sim para o paciente como um todo, visando seu bem estar físico e psicológico. Procurando ajudá-lo não apenas no tratamento de sua patologia física.
ExcluirGêu, ainda nao ficou claro o que é esse "todo"...
ExcluirEu tava lendo o que Manuelle escreveu: "Na área de saúde a cada dia surge uma inovação, processos terapêuticos, aparelhos modernos, técnicas, distanciando-se cada vez mais do cuidar e do processo de cura onde enfermeiros e toda equipe possui um papel muito importante"... e daí fiquei pensando, o avanço tecnológico dificulta o cuidar??? a distorção do cuidado se deve as inovações científicas???Ou seria a má interpretação, o mal uso dessa tecnologia, que levaria a sua supervalorização em detrimento do sujeito doente???
ResponderExcluirA realidade hoje é que a maioria dos profissionais de saúde não estão preocupados em avaliar o paciente como um todo e sim em tratar sua patologia, fazendo o minimo de perguntas para "ganhar tempo".A humanização do atendimento hospitalar requer mudanças de valores, comportamentos, conceitos e praticas de todos os profissionais que compõe o serviço de saúde.
ResponderExcluirNa verdade a maioria dos profissionais não estão preparados para assumir determinadas funções e acabam prestando um serviço de má qualidade.(Kamilla da Costa)
O avanço tecnólogo tem um lado efeitos positivos como eficiência no diagnostico e tratamento e do outro lado efeitos negativos divisão do paciente em órgãos e funções, encarecimento dos procedimentos e muitas vezes os aspectos psicológicos e sociais do adoecimento são esquecidos, os profissionais preocupam-se em manipular e dominar as tecnologias que nos ajudam, mais é importe lembrar que o ser deve respeito e cuidado.
ResponderExcluirSeria a supervalorização da tecnologia levando prejuízos ao sujeito doente por conta dos seus efeitos negativos.
MANUELLE
ResponderExcluirOs profissionais da área de saúde, em especial a enfermagem enfrentam um grande desafio em cuidar do paciente na sua totalidade, tendo como visão de primeira linha a dor e o sofrimento destes pacientes nas dimensões física, psicológica, social e espiritual.
LAIZ
Ao dar entrada em algum órgão de saúde, um paciente já deve ser admitido com 'acolhimento' necessário que precisa. Desde já deve-se tornar importante a atenção para com o mesmo, com o problema em que se encontra, como ocorreu e o que acontecerá dali em diante.
ResponderExcluirSeja lá qual for o problema, os profissionais de saúde não devem apenas ficar atentos para sinais e sintomas dos enfermos, e sim à tudo, tal como as expressões faciais, os sentimentos, ao não isolamento, entre outros. Falo isso porquê sei que existem alguns profissionais que mal olham no rosto do paciente, não perguntam se ele precisa de algo, se quer fazer algo, simplismente olham o que está prescrito e pronto. Pacientes doentes são pessoas ainda, tem as mesas necessidades que qualquer outra pessoa sã, e precisam de atenção, carinho, conversa, higiene, informação, o que poderá levar mais rapidamente a sua cura. É importante que ele saiba pelo que está passando, que entenda, e que tenha apoio psicológico pra passar por esse momento marcante de sua vida.
Thomás Conceição
Oi Lais, vc poderia explicar melhor porque afirma que profissionais da área de saúde, em especial a enfermagem, enfrentam um grande desafio em cuidar do paciente na sua totalidade??? Não entendi muito bem...bjs
ResponderExcluirPois, fala-se muito sobre humanização do atendimento. Mas o que vemos na atuação de muitos profissionais é a mecanização, esquecendo-se do valor real do ser humano e sua inserção na sociedade, além do seu pensar em relação da doença, sua evolução e o alcançe da cura.
ExcluirLAIZ
O que esse texto vem mostrar é a complexidade que se criam em relação ao Profissional de Saúde e o Paciente, o que pode oferecer além de cuidados e profissionalismo é um tratamento de forma humanista e com bastante dialogo tranformando em um relacionamento respeitoso e com valores, levando a um grau de importância e priorizando a vida. Saber os contéudos para aprender e mostrar com clareza não esquecendo o que for colocado em prática e levando a objetividade e a sensibilidade que é importânte para o cuidado.
ResponderExcluirUm artigo que li e que complementa um pouco o que tentei passar:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000100031
Devemos ser a enfermagem que queremos ter.
ResponderExcluirMarislei Espíndula Brasileiro
Ao dar entrada em algum órgão de saúde, um paciente já deve ser admitido com 'acolhimento' necessário que precisa. Desde já deve-se tornar importante a atenção para com o mesmo, com o problema em que se encontra, como ocorreu e o que acontecerá dali em diante.
ResponderExcluirSeja lá qual for o problema, os profissionais de saúde não devem apenas ficar atentos para sinais e sintomas dos enfermos, e sim à tudo, tal como as expressões faciais, os sentimentos, ao não isolamento, entre outros. Falo isso porquê sei que existem alguns profissionais que mal olham no rosto do paciente, não perguntam se ele precisa de algo, se quer fazer algo, simplismente olham o que está prescrito e pronto. Pacientes doentes são pessoas ainda, tem as mesas necessidades que qualquer outra pessoa sã, e precisam de atenção, carinho, conversa, higiene, informação, o que poderá levar mais rapidamente a sua cura. É importante que ele saiba pelo que está passando, que entenda, e que tenha apoio psicológico pra passar por esse momento marcante de sua vida.
Thomás Conceição
A conversação enfermeiro-paciente é denominada comunicação terapêutica, porque tem a finalidade de aproximar e atender as necessidades de saúde do paciente e contribuir para aperfeiçoar a prática de enfermagem, ao criar oportunidades de aprendizagem e despertar nos pacientes sentimentos de confiança, permitindo que eles se sintam satisfeitos e seguros. Muitos profissionais de saúde não se preocupam em criar um elo entre o paciente, essa confiança é o que permite a busca de dados diante o exame físico e Anamnese do paciente, sem essa interação, o trabalho do enfermeiro se torna deficiente, pois o paciente não tem confiança em se fornecer as informações necessárias e em muitos casos levando a faltar com a verdade ou omitir as informações.
ResponderExcluirPaciente em fase terminal tem sido motivo de abandono diante os profissional, por achar que os pacientes nesse estagio não tem perspectiva de vida, a falta de humanização é evidentes nesses casos, muitos nem se preocupam em saber o nome do paciente como alguns médicos da rede publica. Levando em conta que fisiologicamente, todos precisam da mesma atenção, além de calor humano e a interação com a família, sendo nossa responsabilidade proporcionar uma boa qualidade de vida ao paciente, porém o não comprimento desse cuidado pode ser classificado como eutanásia, pratica considerada crime no Brasil.
JUCIARA FERREIRA
O profissional deve colocar-se no lugar do cliente, para poder vislumbrar suas reais necessidades,pois o cuidado vai além da prestação da assistência,vai do tocar ao ouvir.Paciente terminal também deseja,sente e tem necessidade como qualquer outro,eles precisam de atendimento mais humanizado. É importante a inclusão familiar,cultural,social,psíquicas do paciente terminal,nesse momento de fragilidade,que fazem sentir desmoralizado,a confiança é essencial entre paciente e profissional,pois uma relação de cuidado sem confiança deixa de ter o seu valor.Tendo em vista que a possibilidade de cura praticamente inexiste,resta ao profissional propiciar a esse paciente uma morte digna. Muitos desconhecem o seu prognóstico pois são poucos os profissionais especializados em atender esses doentes,sendo de suma importância o conhecimento do que se passa nesse momento tão difícil.
ResponderExcluirO profissional de saúde precisa esta de olho para um atendimento humanizado, valorizando o paciente durante sua enfermidade, de modo a reconhecer a singularidade dos pacientes, encontrando, junto a eles, estratégias que facilitem a compreensão e o enfrentamento do momento vivido.
ResponderExcluirSendo assim o profissional de saúde deve interagir no processo de cuidado, extraindo elementos, contribuindo e melhor identificando soluções para os problemas, e através de seu conhecimento, desenvolver a humanização.
(Jéssica Pereira)
Quando o indivíduo procura a unidade de saúde, o faz porque precisa de cuidados e isso não quer dizer que esse "cuidado" seja apenas os procedimentos técnicos. O profissional precisa atentar-se ao paciente, sempre no sentido se buscar compreendê-lo em sua totalidade, já que o paciente não se resume a sua patologia, é um ser humano que tem família, amigos, enfim, tem uma vida e merece respeito.
ResponderExcluirO trabalho em enfermagem principalmente no ambiente hospitalar exige muito conhecimento científico, habilidade profissional, agilidade, capacidade para trabalhar em equipe entre outras qualidades. Por isso, muitos profissionais só se preocupam em adquirir essas características e não se empenham em buscar aprimorar seu lado subjetivo, sua humanidade nas relações interpessoais, assim tornam-se profissionais bastante competentes, mas que focam somente na doença do paciente e nos cuidados que devem ser realizados.
ResponderExcluirEsse tipo de profissional não é o que o mercado de trabalho busca hoje em dia, por isso a visão holística deve ser exercitada desde o período acadêmico, tanto nos estágios como dentro da sala de aula. Assim, um bom enfermeiro deve respeitar os desejos do paciente e de sua família cuidando do ser humano na sua totalidade, nas dimensões física, psíquica, social e espiritual, com competência tecnocientífica e humana.
ROZELITA AGUIAR
No atendimento voltado para pacientes, independente de qual nível de complexibilidade ele se enquadra, vários aspectos são implantados, com o objetivo de alcançar cada vez mais uma qualidade na assistência e a resolução de problemas.
ResponderExcluirAliado a isso os profissionais de saúde devemos ter uma ótica mais voltada para o saber ouvir e falar com o paciente com relação a suas queixas, ou seja com toda a sua bagagem de informação, pois muita das vezes facilita no diagnostico da sua patologia.
Contrario a isso muitos profissionais mecanizam seu atendimento deixando de lado o atendimento humanizado.
O paciente não deve jamais ser tratado ou visto como um objeto e sim como um ser em buscar da promoção, proteção, recuperação e cura.
(Maria Aparecida Nunes Sales)
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ResponderExcluirO enfermeiro tem de se ver como paciente, pois assim entenderá as dificuldades enfrentadas pelo enfermo, adquirindo confiança e tendo em vista sempre o sentido de buscar compreendê-lo em sua totalidade como individuo, assim a relação profissional tonar-se mais humanizada. Pacientes são seres humanos com sonhos, projetos, sentimentos e necessidades, nesta hora o profissional precisa ter sensibilidade para interagir,informar e acolher, pois um bom acolhimento certamente levará mais rápido a minimização da doença e a cura.
ResponderExcluirFabiana Leite
Ter visão holística em saúde é residir no Cuidar dialógico, “entrelaçando” o profissional de saúde o paciente e as histórias de vida, sob o prisma da liberdade, do respeito e da responsabilidade. É reconhecer o outro em si em todas as suas dimensões biológicas, sociais e psicológicas, pois todo corpo é a representação do seu mundo e fala, mais quando adoce se tornam opaco e silencioso, sendo apenas notado em sua patologia perdendo sua identidade o EU EM SI e sua subjetividade.
ResponderExcluirTer visão holística em saúde é residir no Cuidar dialógico, “entrelaçando” o profissional de saúde com o paciente e as histórias de vida, sob o prisma da liberdade, do respeito e da responsabilidade. É reconhecer o outro em si em todas as suas dimensões biológicas, sociais e psicológicas, pois todo corpo é a representação do seu mundo e fala, mais quando adoce se tornam opaco e silencioso, sendo apenas notado em sua patologia perdendo sua identidade o EU EM SI e sua subjetividade.
ResponderExcluirPensar sobre a prática profissional não envolve só a patologia mas o processo de comunicação entre o enfermeiro-paciente;Preservando a vida,buscando dar todo conforto,apoio emocional,atenção,e estar sempre atento para os questionamentos e queixas do paciente.Desta forma proporcionando uma assistência e conforto físico e emocional,que irá contribui com a promoção,prevenção,recuperação e reabilitação da saúde do individuo.
ResponderExcluirJOYCE PAZ
A assistência de enfermagem não se resume apenas a patologia,mais sim aos aspectos biopsicossociais,espirituais e afetivos do paciente,que ajudará o mesmo na sua adaptação a unidade de tratamento,assim como na identificação e compreensão do seu processo saúde-doença que o levará a um relacionamento interpessoal.
ResponderExcluirCAMILA MOREIRA
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