sábado, 15 de setembro de 2012

Sepse: reconhecimento precoce é fundamental - Divulgue !

Parece que estamos na semana das campanhas aqui no blog, mas é que precisamos exercer o papel de multiplicadores da informação, tentando empoderar a população para que possa exercitar o auto-cuidado e a vigilância.

Sendo assim, venho falar de uma reportagem publicada no jornal americano The New York Times, que fala de um menino que morreu por falta de reconhecimento precoce de sepse.


"Rory Staunton, 12 anos, era um menino saudável, que jogava basquete na escola, e durante o jogo cortou o braço. Foi realizado curativo e ele voltou pro jogo sem problemas. À noite, ele reclamou de dor no braço pra mãe, mas sem outros sintomas. No dia seguinte, os pais o ouvem gemer no seu quarto, e o acham com dor nas pernas e tendo vomitado no chão.

O menino arde em febre, com quase 39ºC. Rapidamente o levam para a Emergência. A equipe interpreta que o menino está desidratado e talvez tenha gastrite. A dor nas pernas talvez fosse pelo esforço que o menino tivesse feito na aula de ginástica na escola, disseram os médicos. Ele foi liberado pra casa. O detalhe é que uma médica ainda notou que a pele do menino ficou moteada, e quando se apertava, a vermelhidão demorava a surgir. Isto não foi anotado na ficha do garoto. O exame de sangue do garoto ficou pronto após sua alta da Emergência. Havia hemoconcentração, leucocitose, com grande desvio para esquerda (50% bastões) e leve plaquetopenia (117 mil/mm3).

No dia seguinte, os pais telefonaram para o pediatra da família. O pediatra sugeriu paliativos para desidratação e diarréia. Mas após quase o dia inteiro, o garoto não conseguia se levantar da cama, e parecia muito doente. Foi quando o pediatra pediu para que o levassem para a Emergência novamente. O menino já chegou em estado grave. Estava confuso. Ele tinha choque e insuficiência respiratória. Morreu em menos de 24 horas após admissão na UTI"


Estima-se que entre 20 e 30 milhões de pacientes sofrem com sepse a cada ano e, aproximadamente, oito milhões desses pacientes morrem com a doença. Além disso, de 10 a 15% de casos de Sepse podem ser evitados com a higienização de hospitais e outros serviços de saúde
Áreas pobres, sem saneamento básico, com má nutrição e falta de água limpa, contribuem ainda para este número elevado de casos de Sepse. 
Dia 13 de Setembro mais de 60 países, entre eles o Brasil, participaram do Dia Mundial da Sepse. 
O interessante é que o jornal coloca a matéria e discute os sinais de alerta para reconhecer a sepse. E ajuda a divulgar o que é sepse, que permanece desconhecida da maioria do público leigo. 
O ideal seria que todos conhecessem sepse como reconhecem Infarto Agudo do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral. 

4 comentários:

  1. Com certeza se as pessoas leigas tivessem mais conhecimento em relação a sepse esses dados reduzirão bastante. Isso fica nitído quando observamos que as pessoas por saber um pouco em relação aos sintomas do infarto, vem diminuindo as mortes por conta deste.
    Percebir isto atraves da pesquisa que foi realizada, a qual a maioria das pessoas sabem que quando a principio de um infarto a dor no peito...

    ResponderExcluir
  2. Isso mesmo Sintia (com S), divulgar o conhecimento, aproxima-lo da população é a melhor opção para melhorarmos a saúde de todos

    ResponderExcluir
  3. OI SUIANE TUDO BEM? OBRIGADA PELA INFORMAÇÃO. MUITO IMPORTANTE. ISSO SÓ REFORÇA O CUIDADO QUE VOCE DEMONSTRA TER COM SEUS ALUNOS. DURANTE AS NOSSAS PESQUISAS FICOU CLARO QUE ALGUMAS PESSOAS, MESMO LEIGAS, JÁ CONSEGUEM IDENTIFICAR ALGUMAS PATOLOGIAS COMO POR EX: A HIPERTENSÃO. MUITAS PESSOAS QUE NÃO TEM A DOENÇA, SE PREOCUPA EM NÃO INGERIR ALIMENTOS GORDUROSOS POR QUE "INTOPE A VEIA E AUMENTA A PRESSÃO". SABEMOS QUE EXISTEM VARIOS OUTROS FATORES, MAS É COMUM OUVIRMOS ESSE TIPO DE AFIRMAÇÃO. ISSO PROVA QUE, O TRABALHO DE ORIENTAÇÃO/INFORMAÇÃO REALIZADO PELOS PROFISSIONAIS DE SAUDE ESTAO CONSEGUINDO ALCANÇAR OS SEUS OBJETIVOS.

    MARINALVA MARIA RODRIGUES.

    ResponderExcluir
  4. Você disse tudo Mari, o conhecimento científico precisa conhecer o saber popular, pq juntos eles terão mais força e assim ajudarão as pessoas a serem mais autônomas no cuidado a saúde.
    Já tô super curiosa pra ver sua pesquisa!!!!bjs

    ResponderExcluir

Escreve aí...